...é uma poderosa arma para encobrir problemas.
A TAP descobriu-o recentemente.
...é uma poderosa arma para encobrir problemas.
A TAP descobriu-o recentemente.
Para rever o ano de 2009 em Portugal e no Mundo. é nisto que reside a grande diferença entre a notícia e a imagem: A notícia é factual, apresenta os dados, vai directa ao assunto. Já a imagem dá-nos essa liberdade de a interpretarmos cada um por si e de fazermos múltiplas leituras.
static.publico.clix.pt/docs/portugal/2009portugal/
http://static.publico.clix.pt/docs/mundo/2009mundo/
texto originalmente publicado por Paulo Pena, jornalista, na sua conta do Facebook. (Direito de Autor)
Só para citar de memória, e deixando de fora os amendoins: Houve o caso Paulo Portas/Moderna; o caso Paulo Pedroso/Casa Pia; o caso Portucale; o caso Freeport; e, agora, as «certidões» da sucata. Tudo grandes investigações que envolviam políticos e não passaram no teste do algodão. Mal ou bem, estas grandes incursões da justiça no mundo da política foram, ou virão a ser, fiascos. Mas deixam um subtexto que substitui a verificação da veracidade ou falsidade das alegações: os políticos não se deixam apanhar, ou fazem leis para se «safar», ou condicionam os intrépidos magistrados. O que são, nos media, estes casos? Investigações jornalísticas? Ou, em 90% dos casos, uma nova categoria de «reportagem sobre investigações», como lhes chamam Bill Kovach e Tom Rosenstiel, no imprescindível livro Os Elementos do Jornalismo (Porto Editora)?
Veja-se a descrição americana, e compare-se com a realidade portuguesa: «Neste caso, a reportagem desenvolve-se a partir da descoberta ou fuga de informação de uma investigação oficial (…) O risco deste tipo de reportagem (…) é que o seu valor depende muito do rigor e do cepticismo do repórter envolvido. O repórter proporciona ao entrevistado um precioso espaço para a difusão de uma alegação ou insinuações, sem qualquer responsabilização pública. Isto não significa que a reportagem sobre investigações esteja, por inerência, errada. Mas está repleta de riscos, geralmente negligenciados. Nesta situação, os repórteres apenas costumam conhecer parte da investigação, em vez de serem responsáveis pela mesma. A hipótese de serem manipulados pelas fontes é elevada. Em vez de vigiar as instituições do poder, a imprensa fica vulnerável e torna-se num instrumento à mercê das mesmas.»
Estes são os riscos. E basta ir à hemeroteca para constatar que andamos, todos, a ser muito pouco cépticos com um género particular de investigações: as investigações judiciais. Em Portugal há, e houve em momentos críticos, como os anos da Casa Pia, jornalistas a partilhar blogues com magistrados (convenientemente anónimos). Houve um PGR que nunca foi investigado por ter mandado a sua assessoria de imprensa divulgar notícias falsas. Houve um director-nacional da Judiciária que mentiu a um jornal, acusando Ferro Rodrigues, na altura líder do PS, de um crime horrendo que era falso, e continua, ainda hoje, a aplicar «justiça» num tribunal superior.
Andamos mesmo a ser pouco cépticos. Tão pouco cépticos que já é altura de pararmos para pensar se não andaremos a ser coniventes e acéfalos. Para mim, a separação de poderes dá a resposta ao dilema: os jornalistas devem investigar, e não fazer de caixa de ressonância; os investigadores judiciais devem ser avaliados pelos resultados das suas investigações e não pela comoção pública que geram as suas quase-descobertas; e os políticos devem ser julgados pelas suas acções e não pela sensação de verosimilhança que gostamos de associar entre uma discordância política e uma falha ética. Há políticos honestos de quem discordamos e políticos corruptos com quem concordamos.
Foi Kapuscinski que disse que «os cínicos não servem para este ofício». E tem cada vez mais razão. A diferença entre cínicos e cépticos devia ser ensinada nas faculdades de jornalismo.
Paulo Pena, jornalista.
Na semana passada, o mestre António Colaço foi notícia ao fazer as honras de corredor aos novos ministeriáveis nos passos da nossa Assembleia.
Há duas semanas, ele havia sido notícia (sempre a notícia) na revista Única, Expresso.
Para além do amor à arte, lá se fala dos partos dificeis das nossas RAL e TSF.
Vale a pena ler aqui
mestre, abraço.
Cá te espero na fase da reforma :)
Há 20 anos estava algures numa redacção, onde ainda se escrevia numa máquina que fazia um barulho do caraças e a notícia da queda do Muro na distante Alemanha chegou tarde e a más horas numa máquina também muito estúpida chamada telex. Lembro-me vagamente, mas claramente do que isso significou.
Sei que hoje devia falar sobre muros, mas conheço tantos que acabei por perder a vontade.
Falo antes de cartas.
A carta que Armando Vara (Face Oculta) apresentou ao Conselho Geral do BCP foi publicada na íntegra no Expresso on-line. A blogosfera tem "malhado" no português, ou falta dele, utilizado na missiva de Vara. Vara escreveu suspenção em vez de suspensão.
E desde quando é que neste país e nas suas estruturas escrever mal é problema?
O importante é a eficiência, que se lixe o português!!!!
Estão a ver, são muros senhores, são muros.
No debate sobre o programa de governo, Paulo Portas fez ontem o papel de noivo sem ter uma "prometida", como escreve Paulo Martins, no JN de hoje.
Habemos limiano com flores?
:"Quero ajudar o Senhor Presidente a acabar o mandato com dignidade!" pareceu-me ouvir hoje Socrates a dizer.
Eu cá não sei onde vai Cavaco, mas não vai por bom caminho.
Arrisca-se a ficar para história da República como o patrão do Lima.
Lamentavelmente, Cavaco portou-se hoje como um analista politico.
Não é possivel que a Nação se reveja neste Presidente.